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Poesia - A Morte do Seu Zé



A Morte do Seu Zé

Morreu Seu Zé
mendigo e maltrapilho
era a alegria da garotada
ensinava pipa prá gurizada
e levava chute na madrugada

Seu Zé andava bêbado e fedido
mas, digno, jamais deixou de sorrir
tratou todos muitíssimo bem
Não deixava de saudar alto ninguém
Dividia o conhecimento e pedia algum vintém

Seu Zé morreu, coitado, jogado
excluído confundido com o muro
vira-lata que uivava o passado
se tivesse nascido poodle de madame
teria sido melhor tratado.

André Ebner Silva

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