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Escritos # 2 - Educação

Se todos estamos interligados até materialmente, cabe-nos buscarmos maneiras de desenvolve ao máximo os "outros", para asssim, melhorarmos à "nós" mesmos, se é que ainda cabe o sentido de "outros" e "nós". Falar em desenvolvimento do ser, é falar em educção. Há uma grande diferença em educação e escolarização. O Brasil avançou signficamente na escolarização nessa última década, mas a educação segue calamitosa, sucateada e até piorando, já que fica cada vez mais defasada na sociedade dinâmica que vivemos.
A educação que se deve ter deve ser voltada para o desenvolvimento do cidadão. Para que a criança enxergue no outro seu semelhante e no mundo a extensão de suas atitudes.
Na educação atual, preza-se pela decoreba e pelo conteúdo inútil, dado apenas por tradição e comodismo. Não se ensina com a didática certa. Apresenta-se matérias mortas, meros conteúdos que devem ser decorados para a prova e esquecidos no dia seguinte. A competição se instaura naqueles que não ficam pelo caminho e a exclusão se consolida no vestibular.
O desafio da reformulação da educação é grande.
Na educação necessária, deve-se privilegiar o desenvolvimento das capacidades da criança, do ser humano. Deve-se apresentar as matérias de modo que o aluno se apaixone pelo seu saber, senão não vale a pena. É preciso humanizar o conhecimento e sentimentalizar as matérias.
Para ser mais prático e menos teórico, vamos pensar nas matérias do ciclo básico. Todos sabemos como elas são dadas, e deve-se modificá-las radicalmente. Basicamente:
O português deve ser dado para que o indivíduo consiga interpretar e escrever textos a matemática e a lógica para que ele consiga raciocinar bem; história e geografia para que ele conheça os problemas do mundo e as possibilidades de solução; cidadania, para que ele conheça leis e desenvolva consciência social, ambiental, do próximo e de cidadania; a ciência, para apresentar as coisas do mundo e da saúde; a arte, para desenvolver identidade e a capacidade de criar; o esporte, no qual devem ser dadas várias possibilidadfes para que ele possa fazer um que ele goste e faça bem, para desenvolver e conhecer seu corpo e aprender que o esforço é necessário mesmo para fazermos bem aquilo que gostamos. Tudo isso em volto de uma filosofia de educação cujo o único objetivo é desenvolver as potencialidades do ser humano, fazendo pessoas atores principais de sua arte de existir, apaixonadas pela vida.
Há várias teorias de aprendizado e educação, muitas delas realmente excelentes. O problema é muito mais a aplicação delas. Como ensinar o aluno a pensar se o vestibular cobra decoreba? Como ensinar causas e consequências se o livro só nos dá os dias dos fatos. por isso o desafio é grande, pois deve-se mexer em toda a estrutura, deve-se realmente ter um plano de revolução da educação, que não seja simplesmente a extensão da escolarização, mas o aumento significativo na qualidade de desenvolvimento do maior número possível de seres humanos.

Ebner

Um comentário:

Professora Ludmila disse...

Muito bem André, falou tudo, acho que nos cursos de formação de professores atualmente, a grande contradição é justamente essa que você mencionou, sabemos que pra validar melhor o ensino ele deve ser muito mais voltado ao desenvolvimento pleno do cidadão e suas habilidades devem ser consideradas, porém em certa fase da vida (vestibular) eles serão cobrados não em sua capacidade critico-reflexiva, mas em teorias decoradas que nada valerão no decorrer de sua vida.
Penso como você, para melhorar a qualidade da EDUCAÇÃO, é necessário uma mudança muito maior do que aumento de verbas que apenas melhoram a qualidade da ESCOLARIZAÇÃO.
Muito a que se fazer e pensar a respeito da educação no Brasil, um maior envolvimento da sociedade poderia proporcionar grandes melhorias.